A denominação
da localidade de Barão provém, segundo o Pe. Rubem Neis, do Barão de Holleben,
Luiz Henrique Von Holleben, que nasceu em Saxe Mainer, na Alemanha, formando-se
em engenharia na Inglaterra e vindo casar-se no Brasil com dona Maria da Luz
dos Santos na cidade de Curitiba, Estado do Paraná. O Barão Von Holleben
acompanhou em setembro de 1880 como engenheiro ferroviário, o engenheiro
Carvalho Borges, a Conde D'Eu, hoje Garibaldi e Bento Gonçalves, a fim de
dirigir as obras da estrada de ferro entre Montenegro e Bento Gonçalves O Barão
estabeleceu residência no ponto mais avançado da colonização alemã, entre
Salvador do Sul e Carlos Barbosa, no local posteriormente denominado "Barão",
mas que na época era pouco habitado. Para designar o local onde morava, quando
alguém queria falar com ele, dizia "Vou lá no Barão". O Barão Von Holleben
permaneceu aqui por mais dois anos, vindo a transferir-se depois para Porto
Alegre, onde, entre 1882 e 1894, trabalhou na linha de bondes de Ferro Carril.
Existe, porém, uma outra versão sobre a origem
do nome de Barão, encontrada no livro intitulada em Montenegro, editado em
1924 pelo historiador Campos Neto, na qual o mesmo afirma ser o nome de Barão
originário de Francisco Mário de Abreu, chamado Chico Pedro, Barão de Jacuí.
Chegando a afirmar que o Barão Von Holleben não residiu no local: o seu nome
Barão, querem uns que seja originário do Barão Von Holleben, mas supomos
errônea essa afirmação. Não consta que esse titular alemão ali residisse.
Posteriormente afirma o historiador: "O Barão do Jacuí deve ter dado o nome a
este Distrito". As famílias que povoaram o primeiro núcleo que deu origem a
Barão, foram imigrantes italianos oriundos do Norte da Itália. No começo do
século, Carlos Selbach exerceu influência marcante em todas as áreas, bem como
Luiz Calliari, que era Mestre da Capela. Até 1916, as celebrações religiosas
eram feitas na residência do Sr. João Schmitz, um dos incentivadores da
construção da primeira Capela, Regente de Coral, músico e doador do primeiro
Harmônio para a comunidade Católica baronense. De 1906 a 1911 foi construída a
via férrea que liga Porto Alegre a Caxias do Sul, sendo inaugurada a estação de
Barão em 1º de dezembro de 1909.
Com os trabalhos de construção e conservação
da ferrovia, foi aberta uma pedreira nas terras de João Bassegio e Vva. Itália
Daí Prá, grande fonte de renda que na década de 30 trouxe 21 famílias de
ferroviários, os quais fixaram residência nos arredores da pedreira, criando um
núcleo habitacional organizado. Dedicavam-se a exploração da pedreira e também
à agricultura. Foi instalado o recinto da Viação Férrea e aberto a Rua que hoje
leva o nome de Antônio Simon, nas áreas cedidas pela família de Vva. Itália Daí
Prá, ligando o centro do Distrito à pedreira, distante mais ou menos um
quilômetro da estação.
No centro
funcionava a cantina e Armazém de Secos e Molhados da família Hartmann, com
grande sortimento de produção. As uvas eram adquiridas dos produtores de toda a
região, que traziam os tonéis e cestos abarrotados em carroças puxadas por
juntas de bois. Além da estrada de ferro a rodovia Buarque de Macedo ligava
Barão a Montenegro e Porto Alegre e Garibaldi " Bento Gonçalves " Caxias do
Sul. Consta em arquivos que D. Pedro II teria passado por aqui, com sua
comitiva. Todavia, Barão cresceu ao lado dos trilhos da Viação Férrea, mas as
condições precárias da ferrovia, a região com solo bastante acidentado levou a
sua desativação em 10 de junho de 1979, desaparecendo o trem de carga e o trem
de passageiros, surgiu, então a necessidade de ampliar os meios de transporte
rodoviário. Surgiram mais ônibus, caminhões e carros particulares substituindo
também os carros de boi e os próprios cavalos, muito usados antigamente na
região.
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